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Towards the Soundscape of a Developing Azorean Port-Town in the Late Sixteenth Century: Angra (Terceira Island) in the 1590s
In 1534 Angra (Terceira Island, Azores, Portugal) was elevated to city and seat of the diocese created for the nine Azorean islands. By that time Angra was already an important port in the Portuguese commercial routes to Africa, Brazil, and the Indies as a point for gathering of the so-called Carreira da Índia last journey leg to Lisbon. Sources about music practice in Angra in the 1590s are scarce with general descriptions of musical activities within the major institutions, such as the Cathedral, which in most cases is not suffice for a wider picture of the city’s music life, only providing glimpses to a particular group of musicians, institutions, or a particular event. This chapter focuses on the sounds of daily life in Angra in the 1590s, from bell ringing to the naval construction yards, workshops, and the construction projects of the Cathedral, the São Filipe fortress and other religious buildings. The parochial archives also constitute important references (mostly the books of deceases) to trace the individuals active in the soundscape of the city, from the Cathedral bell-ringer to the naval carpenter and the clergymen who were in charge of the music.
Soundscapes of the Early Modern Hispanophone and Lusophone Worlds. Víctor Sierra Matute (Ed.), Routledge, 2024, pp. 107-122 ❧ ISBN 978-1- 003-21939-2 ❧ DOI 10.4324/9781003219392-9
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O Livro de Missas da capela de Maria Dias: assegurando musicalmente a salvação na Igreja de S. Pedro de Évora no século XVI
Um dos legados mais detalhados que se se conhecem associados à Igreja de São Pedro de Évora é o testamento feito em 1377 por Maria Dias, camareira da rainha D. Beatriz, instituindo uma capela de missas nessa igreja para salvação da sua alma. No século XVI foi produzido um livro com o cantochão das missas que Maria Dias havia instituído para uso no coro da Colegiada de S. Pedro, uma das mais antigas igrejas paroquiais da cidade, cuja localização primitiva desapareceu em meados do século XIX, com a sua transferência para igreja do convento franciscano da cidade. Utilizando este livro de coro como elemento central, o presente estudo analisa a instituição desta capela e a sua implicação musical na paisagem sonora do que se conhece sobre a Colegiada de S. Pedro de Évora.
Sonoridades Eborenses. Vanda de Sá, Rodrigo Teodoro de Paula, Antónia Fialho Conde, António Camões Gouveia (eds.), Vila Nova de Famalicão: Edições Húmus, 2021, pp. 77-98 ❧ ISBN 978-989-755-688-3
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A Novena para a festa de S. Joseph de Pedro Vaz Rego : A sua integração na Catedral de Évora na primeira metade do século XVIII
A celebração de novenas, septenários e trezenas foi uma importante manifestação de devoção popular desde o século XVIII. O repertório musical composto para estas ocasiões desenvolveu-se por todas as camadas da sociedade com vários graus de complexidade, permeando a língua vernácula os textos latinos, sobretudo nos momentos das jaculatórias. Este foi também o caso da cidade de Évora, onde numerosos manuscritos musicais, conservados nos arquivos da Catedral e Biblioteca Pública, são testemunhos dessas práticas, sobretudo na segunda metade do século XVIII. Entre estes é de notar a Novena para a Festa de S. Joseph de Pedro Vaz Rego, mestre de capela da Catedral entre 1700 e 1736, uma vez que é um dos mais antigos exemplos de uma composição musical de uma novena no arquivo da Catedral. Está também preservada no arquivo da Catedral uma cópia impressa das Preces que se devem cantar nos dias da novena, e festa do Glorioso Patriarcha S. Joseph de 1724, que reflete as práticas da capela Patriarcal em Lisboa. Baseado nestas duas fontes, o presente estudo analisa a transposição do modelo do impresso de 1724 para a composição de Rego e a sua integração na atividade musical da Catedral durante a primeira metade do século XVIII.
Paisagens Sonoras Históricas: Anatomia dos Sons nas Cidades. Vanda de Sá, Antónia Fialho Conde, Rodrigo Teodoro de Paula (eds.), Évora: Publicações do Cidehus, 2021 ❧ ISBN 979-103-6584-57-2 ❧ DOI 10.4000/books.cidehus.17029
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As parentelas e a aprendizagem da música entre a cidade de Évora e o Mosteiro de S. Bento de Cástris: o caso de António Rodrigues Vilalva
Uma das várias relações que a Catedral de Évora manteve com as outras instituições religiosas da cidade foi de natureza musical. Neste contexto encontramos o mosteiro feminino cisterciense de S. Bento de Cástris e as suas relações com a cidade, em particular, com a Catedral onde as primeiras referências datam do tempo do mestre de capela Mateus d’Aranda. No século XVII ainda encontramos vários músicos da Catedral com relações com o mosteiro. O presente estudo centra-se num em particular, António Rodrigues Vilalva, cuja irmã Isabel Baptista entrou para o mosteiro de S. Bento de Cástris por via de ser cantora e harpista. O estudo pretende reconstruir a carreira musical de Vilalva e as possíveis influências na educação musical da irmã que, apesar da inexistência de referências detalhadas, poderá ser visto da perspectiva de outros contextos semelhantes, nomeadamente da cidade espanhola de Toledo onde existiram as mesmas relações entre mestres da Catedral e conventos femininos.
Antónia Fialho Conde, Olga Magalhães & António Camões Gouveia (dir.). O Claustro e o Século: Espaços, Fronteiras e Identidades. Évora: Publicações do Cidehus, 2020 ❧ eISBN 979-103-65579-2-7 ❧ DOI 10.4000/books.cidehus.10803
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Continuidade do repertório polifónico na Catedral de Évora no século XVIII
Este texto apresenta um sumário de caraterísticas que apontam para a continuidade de uma tradição de escrita vocal polifónica na Catedral de Évora pelos compositores do final do século XVII e do século XVIII, nomeadamente as obras de Diogo Dias Melgaz, Pedro Vaz Rego e os seus sucessores, entre os quais se incluem Francisco José Perdigão e Miguel Anjo do Amaral. Muitas das obras polifónicas destes compositores estão preservadas nos livros de coro P-EVc Códices n.º 7, 8 e 9. Nestes livros de coro encontram-se também obras de compositores tardios como Ignácio António Celestino e Francisco José Perdigão, ambos mestres de capela da Catedral, o que aponta para a continuidade deste estilo ao longo do século XVIII.
Eborae Musica (org.). Escola de Música da Sé de Évora: Conferências. Évora: Edições Colibri, 2019, pp. 179-189 ❧ ISBN 978-989-689-897-7
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A antífona Recordare, Virgo Mater: Prática musical mariana na Sé de Évora no final do século XVII e século XVIII
Évora tem sido um importante centro de culto mariano desde a Idade Média, com a dedicação do altar-mor da Catedral a Nossa Senhora da Assunção como ponto central. Foi também um importante centro musical e a antífona Recordare, Virgo Mater é uma das obras musicais associada à festa mariana conhecida como o Milagre da Cera. Um dos mestres de capela da Catedral no século XVII, Diogo Dias Melgaz, escreveu um motete policoral utilizando o texto, a primeira obra sobre o mesmo, seguida por outras obras escritas no século XVIII sobre este texto. O presente estudo examina as obras com o texto Recordare, Virgo Mater e os seus possíveis contextos litúrgico-musicais. Alguns deles apontam para o offertorium da Missa de Nossa Senhora das Dores e outros para a celebração de Vésperas e da Litania. A associação das obras musicais com as festas litúrgicas parece firmemente estabelecida, surgindo assim uma forte relação de identidade entre a música produzida na Catedral de Évora e as celebrações particulares da cidade.
Vanda de Sá e Antónia Fialho Conde (eds.). Paisagens Sonoras Urbanas: História, Memória e Património. Évora: Publicações do Cidehus, 2019, pp.261-279 ❧ eISBN 978-282-18750-2-9 ❧ DOI 10.4000/books.cidehus.7918
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A paisagem sonora sacra de Évora na Idade Média: Leituras a partir dos escritos de Manuel Fialho e Francisco da Fonseca
O presente estudo propõe um roteiro pelas principais instituições religiosas de Évora durante os séculos XIV e XV a partir da perspetiva da sua atividade musical. Embora já tenham sido realizados numerosos estudos de fontes, ainda está em falta um estudo do contexto urbano desta atividade. O presente trabalho pretende contribuir para estudos futuros sobre o entendimento da paisagem sonora de Évora na Idade Média partindo da atividade conhecida das suas instituições religiosas tomando as leituras de dois jesuítas do final do século XVII, Manuel Fialho e Francisco da Fonseca, como roteiro.
Tânia Azevedo; Maria Filomena Louro (eds.). Ler a Idade Média Hoje. Fontes, Texto e Tradução. Braga: Edições Húmus/Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, 2017, pp. 89-98 ❧ ISBN 978-989-755-323-3
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O quotidiano musical no fim da Europa no século XVII: Uma perspectiva sobre os primeiros anos do convento de S. Boaventura em Santa Cruz das Flores
A presença de franciscanos no arquipélago dos Açores data praticamente dos primórdios da ocupação das ilhas, sobretudo a partir de meados do século XV. Esta Ordem teve um papel central e determinante na orientação religiosa das comunidades insulares fundando conventos em oito das nove ilhas açorianas. Entre estes encontra-se o convento de S. Boaventura na vila de Santa Cruz, ilha das Flores, casa fundada em 1641 através dos esforços do Padre Ignácio Coelho, na altura Vigário da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição desta vila. A história da fundação deste convento foi relatada por Fr. Diogo das Chagas, irmão de Ignácio Coelho, na sua crónica Espelho Cristalino em Jardim de Várias Flores, mais tarde também referido por Fr. Agostinho de Monte Alverne nas Crónicas da Província de São João Evangelista das Ilhas dos Açores. No que respeita à actividade musical destas comunidades religiosas açorianas, não se conhecem referências significativas relativamente ao século XVII. Também não se conhecem livros de coro ou outro tipo de documento musical anterior ao século XVIII. Porém, a partir de alguns relatos dos cronistas anteriormente mencionados, como também de documentação avulsa, consegue-se perspectivar como estaria organizada e qual o percurso em termos do desenvolvimento da liturgia musical Francisca no convento de S. Boaventura ao longo do século XVII. Partindo destas referências, o presente estudo propõe uma leitura, embora incompleta pela ausência de fontes musicais directas, das sucessivas organizações da estrutura litúrgico-musical de S. Boaventura, através de uma análise comparativa com outros exemplos melhor documentados, assim como os livros reguladores e litúrgico-musicais da Ordem Franciscana no século XVII.
Maria de Lurdes Craveiro; Carla Alexandra Gonçalves; Joana Antunes (coord.). Equipamentos Monásticos e prática espiritual. Lisboa: Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, 2017 ❧ ISBN 978-989-99967-0-0
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O canto ofício na Quaresma e Semana Santa no Mosteiro de S. Bento de Cástris: O manuscrito P-EVad Ms 29 e a sua organização
A música ocupou desde os primeiros tempos um lugar central na celebração do Ofício Divino não só no cursus secular mas, sobretudo, no monástico. O mosteiro cisterciense de S. Bento de Cástris não é estranho a esta realidade, em cujas fontes documentais podem ser encontradas inúmeras referências à prática musical. Entre estas fontes documentais encontram-se cerca de uma dúzia de livros de coro, na sua maioria realizados durante o século XVI, nos quais se inclui o manuscrito 29 conservado no Arquivo Distrital de Évora. Trata-se de um antifonário realizado em 1558 que contém as rubricas para o Ofício entre o Domingo de Septuagésima e o Sábado Santo. Partindo de exemplos do manuscrito 29, este estudo realiza uma abordagem à rotina musical em S. Bento de Cástris durante a Quaresma e Semana Santa e a sua relação com as alterações textuais e musicais operadas após o Concílio de Trento no canto cisterciense.
Antónia Fialho Conde, António Camões Gouveia (dir.). Do Espírito do Lugar – Música, Estética, Silêncio, Espaço, Luz I e II Residências Cistercienses de São Bento de Cástris (2013, 2014). Évora: Publicações do Cidehus, 2016, pp. 47-59 ❧ eISBN 978-282-18750-2-9 ❧ DOI 10.4000/books.cidehus.2040
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O ofício de Matinas para Festa de São Bernardo: O testemunho do manuscrito P-AR Ms 25
O mosteiro de S. Pedro e S. Paulo de Arouca constituiu-se no início do século XIII como uma das mais importantes casas femininas da Ordem de Cister em Portugal. Deste mosteiro sobrevivem uma série de fontes de cantochão de inestimável valor e que permitem vislumbrar a riqueza da sua liturgia musical. Pretende-se, através do estudo comparativo do ofício de Matinas para a festa de S. Bernardo, traçar um percurso da tradição musical associada ao culto deste Santo, sobretudo através do Manuscrito 25 do Museu de Arte Sacra de Arouca, um antifonário onde se encontra representada musicalmente a festa de S. Bernardo.
Antónia Fialho Conde, António Camões Gouveia (dir.). Do Espírito do Lugar – Música, Estética, Silêncio, Espaço, Luz I e II Residências Cistercienses de São Bento de Cástris (2013, 2014). Évora: Publicações do Cidehus, 2016, pp. 226-237 ❧ eISBN 978-282-18750-2-9 ❧ DOI 10.4000/books.cidehus.2154
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